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“Deus quer, o homem sonha a Obra nasce.” – Fernando Pessoa

O Projeto de construir um Lar da ARCA em Santa Cruz da Trapa sempre foi uma pretensão desta Direção. Se recordarem a tomada de posse dos Órgãos Sociais. A Direção da ARCA, no final deste mandato, tem o Projeto do Lar concluído e efetuada a candidatura ao Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais – PARES 3.0.
O processo foi difícil, desde a decisão quanto à localização, face aos constrangimentos da existência de um terreno adequado e aí construir uma estrutura de raiz, ou avançar para uma remodelação e requalificação das atuais instalações (antiga Escola Primária), propriedade da Autarquia e cedidas à ARCA a título de Comodato. A remodelação verificou-se ser a melhor solução.
Quando surgiu a possibilidade de nos ser cedido um terreno para a construção de tão almejado Lar, a vontade de concretização do projeto ganhou forças extra e o processo avançou até à fase de se candidatar ao Programa de financiamento (PARES), a qual foi submetida em 27 de novembro de 2020.
Tem de ser realçado o facto de este desiderato só ser possível graças à vontade e desígnio do Senhor Luís Teixeira Carvalhas, que generosamente efetuou a doação à ARCA de uma parcela de 5570m2 da sua Quinta de Paçô.
O Lar irá proporcionar o desenvolvimento de atividades de apoio social aos idosos através do alojamento coletivo de utilização temporária ou permanente, fornecimento de alimentação, cuidados de saúde, higiene e conforto, fomentando o convívio e propiciando a animação social e a ocupação dos tempos livres.
O Projeto há muito ambicionado pela ARCA, permite alargar as respostas sociais ao criar um Lar com capacidade para acolher 39 utentes, através da construção de um novo edifício, dotado das necessárias infraestruturas ajustadas às exigências e de acordo com a legislação em vigor, assegurando o bem-estar e a melhoria das condições de vida dos idosos no seu meio sociofamiliar. Adicionalmente, por via da implementação de novos equipamentos, será igualmente possível alargar a capacidade de resposta para novos utentes na resposta de SAD (60 utentes).
O edifício terá um único piso, possuindo todos os quartos um pátio com deck e pequeno jardim, destacando-se os seguintes serviços e infraestruturas de apoio: espaço administrativo, gabinete de Direção, zona de refeições e atividades, serviços de enfermagem, sala de descanso, cabeleireiro/ pédicure, bem como cozinha, arrecadações e lavandaria. O edifício encontra-se envolvido por árvores, que serão conservadas e serão criados espaços ajardinados e zona de hortas recreativas.
O objetivo geral do presente projeto visa a criação de uma nova resposta social – ERPI – a par do alargamento da capacidade de resposta existente em SAD, tendo em vista colmatar a procura existente e o contexto atual decorrente do envelhecimento e isolamento da população idosa.

De forma mais específica, foram definidos os seguintes objetivos estratégicos do projeto:

  1. Dinamizar o desenvolvimento de atividades de apoio social aos idosos através do alojamento coletivo, fornecimento de alimentação, cuidados de saúde, higiene e conforto, fomentando o convívio e propiciando a animação social e a ocupação dos tempos livres (envelhecimento ativo e saudável);
  2.  Criar condições para o acolhimento de idosos, numa resposta social integrada, em contexto de estrutura residencial;
  3. Promover o apoio e suporte às famílias e aos idosos, através da disponibilização de serviços diferenciados e de qualidade, que fomentem o bem-estar;
  4. Promover um acompanhamento e dedicação de referência capaz de combater o isolamento e solidão, agravados por baixos recursos, saúde mais débil, diminuição autonomia ou deficientes condições de habitabilidade da população mais idosa;
  5. Oferecer uma infraestrutura diferenciadora a nível concelhio e regional nos serviços de apoio a idosos, colmatando as falhas existentes e respondendo à procura verificada;
  6. Promover um acompanhamento adequado às necessidades dos utentes e melhoria da sua qualidade de vida, incentivando a dinamização de atividades de lazer e convívio aos utentes, envolvendo a comunidade local e as famílias.

Estes fatores constituem uma premissa para a definição de intervenções estratégicas, pelo que o projeto de criação de uma ERPI revela-se uma mais-valia para o concelho e em especial para a Instituição, que reforça a capacidade de prossecução da sua missão e objetivos sociais, permitindo dar resposta a problemáticas sociais e prioridades de intervenção.
Financiamento do Projeto.
O investimento total do projeto é constituído pelo financiamento privado e pelo financiamento público. O montante do financiamento público poderá ser até 80% do investimento total sendo que o privado é suportado pela entidade promotora (ARCA) através de recursos financeiros próprios, parcerias com diversas entidades e recurso ao crédito. O investimento elegível está estimado em 1 240 487.15€ e poderá ser comparticipado em 992 389.72€, cabendo à ARCA 248 097.43€.
A sustentabilidade do Serviço será garantida por recursos próprios da ARCA, bem como dos Acordos de Cooperação com a Segurança Social que se virão a estabelecer, o que permite assegurar a permanência das Respostas Sociais e a sua sustentabilidade ao longo do tempo.